A Revista SescTV, deste mês, fez uma entrevista com a produtora e co-diretora Cristina Flória sobre os bastidores da realização do filme Dasiwa'ubureze - nossa cultura.
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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Documentário
Dasiwa'uburéze - nossa cultura
em breve no Sesc TV!!!!
Publicação by SescTV.
documentário com o conselho dos anciões da Aldeia
Xavante Pimentel Barbosa
Herdeiros de uma tradição milenar, guardiões da memória dos antigos.
Direção
Cristina Flória e Wagner Pinto
Coordenação na Aldeia
Tsuptó Xavante
Imagens
Lincon Xavante
Romeu Xavante
Alex Santos
Denilson Belezi
Tamara Ka
Edição
Estevão Tutú Nunes
Animações
Binho Dias
Desenhos
Dionísio Xavante
Produção
A 2.0 Produções Artísticas
Realização
SESC TV
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
MULHERES DO MUNDO
"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida,
removendo pedras e plantando flores".
Cora Coralina
"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta,
não há ninguém que explique e ninguém que não entenda."
Cecília Meireles
"Aos 40 anos, a mulher está longe de ser fria e insensível;
mas ela sabe, quando necessário, cobrir o fogo com as cinzas."
Mary Wortley Montagu
domingo, 25 de março de 2012
Mulheres Xavante de Etenhiritipa
Os A'uwê - Povo guerreiro. Mantém sua história na memória e com a palavra transmitem de geração a geração seus conhecimentos ancestrais. Vieram do lugar onde começa o céu, da raiz do céu, onde o sol nasce.
Somam aproximadamente 13 mil pessoas distribuídas em cerca de 180 aldeias no estado do Mato Grosso, num ambiente de cerrado, no Centro-Oeste do Brasil nas Terras Indígenas Pimentel Barbosa, Areões, Marechal Rondom, Parabubure, Sangradouro, São Marcos e Marãiwasede.
Conecidos por Xavante, os A'uwê Upatabi - Povo Verdadeiro, como se autodenominam, falam a língua A'uwê da família linguística Jê, pertencente ao tronco linguístico Macro-Jê.
Na denominação genérica índios está oculta, na verdade, a rica diversidade cultural que existe no Brasil. São cerca de 220 povos indígenas, aproximadamente 170 línguas faladas, uma população de cerca de 450 mil pessoas. Nosso país pode se dizer o único no mundo, com aproximadamente 50 povos que nunca tiveram contato com a sociedade envolvente.
Cristina Flória
sábado, 24 de março de 2012
Amor Bondade - Metta
Sutta Nipata I.8
Karaniya Metta Sutta
Amor Bondade
Somente para distribuição
gratuita.
Fonte: www.acessoaoinsight.net
Quem é
hábil no que é benéfico, desejando alcançar
aquele
estado de paz, age assim:
capaz,
correto, honrado,
com a
linguagem nobre, gentil e sem arrogância,
Satisfeito
e fácil de sustentar,
sem ser
exigente por natureza, frugal no seu modo de vida,
os sentidos
acalmados, sábio,
moderado,
sem cobiçar ganhos.
Não faz
nada, mesmo que trivial,
que
seja condenado pelos sábios.
Pense:
felizes, seguros,
que
todos os seres tenham os corações plenos de bem-aventurança.
Todos
os seres vivos que existem,
fracos ou
fortes, sem exceção,
compridos,
grandes,
médios,
curtos,
sutis,
grosseiros,
Visíveis
e invisíveis,
próximos
e distantes,
nascidos
e por nascer:
que
todos os seres tenham os corações plenos de bem-aventurança.
Que
ninguém engane
ou
despreze outrem, em nenhum lugar,
ou
devido à raiva ou má vontade
deseje
que alguém sofra.
Tal
qual uma mãe, colocando em risco a própria vida,
ama e
protege o seu filho, o seu único filho,
da
mesma forma, abraçando todos os seres,
cultive
um coração sem limites.
Com amor
bondade para todo o universo,
cultive
um coração sem limites:
Acima,
abaixo e em toda a volta,
desobstruído,
livre da raiva e da má vontade.
Quer
seja parado, andando,
sentado,
ou deitado,
sempre
que estiver desperto,
cultive
essa atenção plena:
a isto
se denomina uma morada divina
no aqui
e agora.
Sem
estar aprisionado pelas idéias,
virtuoso
e com a visão consumada,
tendo
subjugado o desejo pelo prazer sensual,
ele não
mais renascerá.
domingo, 17 de abril de 2011
História do Tempo da Escuridão
As histórias, os mitos, do povo A'uwê, como se autodenominam os Xavante, são as narrativas ancestrais de um tempo de todas as criações.
A arte da oratória tradicional que os povos indígenas cultivam, principalmentes as pessoas mais velhas das comunidades, são geradas a partir de um conhecimento que é comum, patrimônio de um povo.
Compartilho os mitos do tempo da escuridão, da criação da lua e do sol, que fazem parte da Tradição do povo A'uwê, e que estão compilados no Livro Wamrême Za'ra - Nossa Palavra: mito e história do povo Xavante, que participei da coordenação e produção, pesquisa e fotografias.
Rómraréhã Rówasu'u
Eu vou contar.
Antigamente o povo A'uwê vivia na escuridão.
Antes da lua. Antes do sol.
Os wapté (adolescentes em reclusão) estavam assando ovos de ma (Ema). Comendo. Wapté tem respeito, dizem a verdade entre si.
- Como vocês quebraram ovos de ma?
- Nós quebramos batendo com os ovos no peito.
- Eu não acredito.
- É verdade! É verdade.
Eles não falaram a verdade.
Ovos de ma assados são muito quentes. É muito quente! Por isso eles inventaram...
Mesmo não acreditanto, o wapté bate com o ovo no peito. Então quebra.
Ele grita de dor.
- Asu ruru... Asu ruru...
Corre para o rio. De mão fechada. Grita de dor. Está gemendo.
Ele se joga na água para esfriar o peito. E fica rolando, rolando na água escura. Até no fundo da água.
Ele melhora, fica em pé.
Ele se transforma em lua.
A lua é branca. Brilha. Brilha como ovo de ema.
É assim que surgiu a lua.
Os wapté brincavam no lago.
Brincando de pular na água no pu (lago). Como os meninos brincam.
Decidiram subir nas árvores.
Começaram a brincar e subir em árvores.
- Em que árvore vocês estão subindo?
- Estamos subindo naquela árvore. Estamos subindo no uiwede (palmeira de buriti).
Ele vai subindo, subindo, subindo, muito alto.
É duro! Muito difícil!
A barriga cresce, aumenta. Ele faz muita força.
Estava planejado...
O ânus dele foi crescendo. Formando-se redondo, grande, quente.
Vai crescendo o ânus do wapté. Sai do corpo dele, de uma vez.
Fica fixo, brilhante no céu.
Vermelho, grande. Como quando está amanhecendo o dia. Vermelho e grande no céu.
Tão bonito!
Ele se tornou o sol. O verdadeiro sol.
É assim.
Ãné!
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